Distanciamento social.
O Distanciamento social devido à Covid -19 avaliou as pessoas em sua capacidade de se adaptar, lidar com mudanças e também com stress.
Quando COVID – 19 foi reconhecido pela OMS como pandemia e recomendado distanciamento ou isolamento social ouvi muitas vezes a afirmação “Estamos no mesmo barco, estamos todos juntos nessa”.
Verdade, todos nós estamos vivendo a pandemia do coronavírus e a necessidade de fazer o distanciamento social. Mas o distanciamento não foi o mesmo para todos pois variou de acordo com o ambiente e as possibilidades de cada um. Por possibilidades entendo as condições que cada um vivia: tanto físicas e de saúde, quanto econômicas ou ainda emocionais, isto é, a forma que cada um enfrentava adversidades e ainda como reagia a elas. Assim, a pandemia fez um retrato da pobreza no país e da falta de empatia com o sofrimento das pessoas por parte do presidente da república.
Distanciamento? ou isolamento social devido à Covid?
Muitos sofreram por não ter testes, leitos ou recursos médicos; E a espera gerou ansiedade para todos; seja por poder fazer um teste ou não, seja pela demora do resultado do teste feito e sua contraprova, bem como, a necessidade de isolamento em caso positivo.
Por não ter ainda um tratamento ou vacina cientificamente comprovados, Covid -19 esteve inicialmente, mais associada à morte e menos à cura. Com o que muitos ainda não se sentem confortáveis de compreender e aceitar.
E viver sob essa perspectiva é antecipar mentalmente a própria morte ou luto por pessoas queridas, o que é angustiante e ansiógeno para muitos.
Entenda-se por “luto um processo natural de resposta a um rompimento de vínculo, ou seja, quando perdemos alguém ou algo significativo na nossa vida” (FioCruz Apostila cartilha_luto. pdf).
Distanciamento social
https://youtu.be/qLnVayhG_uU
Foi um período que exigiu capacidade de adaptação, flexibilização e organização de todos. Sabemos que toda privação nos remete ao sofrimento. Conscientizar-se e reconhecê-lo ajuda a mobilizar e valorizar os recursos internos que todos temos para superá-lo.
Todos fomos privadas do direito de ir e vir; além disso, vivenciamos um aumento de tarefas: trabalho, que passou a ser realizado em home office; além de filhos em casa sem aulas ou com aulas online; rotina diária de cuidados com a casa e alimentação; insegurança quanto ao Covid-19 e ainda distanciamento social ou isolamento em casos de infecção. Não é necessário dizer que essa multiplicidade desgastou e gerou stress nas pessoas devido ao acúmulo de obrigações, tensão e diminuição de prazeres e atividades físicas que ficaram esquecidos ou em segundo plano.
O que as pessoas mais se perguntavam era: “Até quando?” ou “Como será depois?” que as remetia a aumento da ansiedade, uma vez que ninguém tinha esta resposta.
Estávamos vivendo um novo normal; que gerou tensão e evidenciou os sentimentos defensivos: raiva, medo, irritação, impaciência e intolerância entre algumas pessoas; muito provavelmente devido à insegurança, stress e falta de controle da situação.
Sabemos que sob stress e tensão, muitos descuidam do que falam e como falam e nem sempre conseguem se colocar no lugar do outro o que pode gerar mágoas. Além de afetar a comunicação e relacionamento afetou também a utilização dos recursos internos de cada um, uma vez que, as emoções ficaram afloradas e encobriam, de certa forma, as capacidades cognitivas.
No entanto, esse Novo Normal está ainda em construção e cabe a cada um ajudar a construí-lo com mais amor, compreensão e consciência.
5 dicas para essa construção
- Viva um momento de cada vez.
- Tome consciência de si e do outro
- Repense prioridades na vida
- Desarme-se e volte a sorrir com os olhos.
- E aproveite o período para avaliar qual foi seu aprendizado.
Lembre que crise leva à mudanças e desenvolvimento pessoal e profissional se você tiver o DESEJO, NECESSIDADE e CORAGEM de buscar o novo e se reconstruir de forma mais saudável.