Vem se aproximando a Páscoa Judaica – o Pessach (passagem).
Gosto de pensar no significado dessa comemoração e no alcance que pode ter no cotidiano das pessoas.
Pessach comemora a libertação do povo judeu do cativeiro no Egito. É a história da mobilização de um povo em busca da liberdade.
Para o povo judeu, o êxodo do Egito significou “ultrapassar os limites naturais que impediam a realização de seu pleno potencial. Assim, Pessach rememora a oportunidade de transcender as limitações e realizar o infinito potencial espiritual em cada aspecto da vida.” (Torahweb )
A importância de valores.
Opressores podem ser externos, mas também estar dentro de cada um. São hábitos, vínculos ou atitudes arraigados, que muitos acreditam “não ter força para abandonar”.
O “Egito” ou cativeiro pode ser uma cidade, um país, uma empresa, um círculo de relações, enfim algo externo a cada um. Mas também, pode ser o egoísmo das pessoas, a intransigência em fazer concessões e em abandonar atitudes e vínculos que são repetidas mesmo sem trazer satisfação ou renovação; e que podem tanto estar nos outros como em si mesmo.
A mensagem principal é ressaltar a importância de valores, vínculos saudáveis e do equilíbrio.
Crenças e sentimentos podem ser limitantes e manter a estagnação ao invés da evolução.
Manter a tradição é manter viva a história, seu significado e a reflexão sobre os valores que ela traz. Significa renovar-se como pessoa e ajudar o grupo familiar a evoluir para um novo patamar como um todo; mas mantendo os valores e princípios que são importantes para sua continuidade.
Ninguém precisa ficar refém da opressão e tampouco da rebelião. Tudo pode mudar e se transformar, inclusive a família, mantendo no entanto sua essência, mas transformando vínculos sempre que necessário.
Cabe a cada um avaliar a estrutura que a mantém; se está limitante demais e dificulta a evolução ou ainda, se está permissiva demais e não dá sustentação para evolução individual. E observar também se o grupo familiar está fechado com pouca ou nenhuma troca externa e como está seu relacionamento internamente.
Encontrar este equilíbrio não é abrir mão da estrutura mestra ou da essência do grupo; mas sim transformá-la para permitir ao ser humano buscar a liberdade, justiça, renovar a esperança e permitir a evolução e ainda manter a tradição no grupo familiar e comunidade.
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